A última dança (Pedro e Vânia)


Em um passado, não muito distante, um rapaz chamado Pedro foi a um tradicional baile no centro da cidade na qual morava. Naquela noite, Pedro dançou com várias moças interessantes, mas uma em especial lhe chamou a atenção. Seu nome era Vânia. Toda angelical, cabelos louros, olhos azuis, pele macia e branca. Tinha um perfume de rosas irresistível. Inevitável que acabassem por se aproximar.
Conversa vai, conversa vem e os dois finalmente se beijam. Foi intenso e forte. Pedro teve a sensação momentânea de estar em outro mundo.
Após uma pausa na dança, olharam-se revelando um ao outro os seus mais íntimos desejos. Decidiram sair daquele lugar e ficar a sós. Com um beijo apaixonado, Vânia sugeriu ir à casa de Pedro que concordou rapidamente.
O tempo parou. Tiveram uma noite única, onde todas as fantasias tomaram vida. O rapaz teve a certeza que Vânia era a mulher com a qual sonhara por toda vida.
Antes do amanhecer, ele a levou embora e deixando-a em frente à residência em que ela morava. Por instantes teve dúvidas sobre um possível reencontro, mas ela lhe falou que estava apaixonada e queria ser dele para sempre.
Passaram-se alguns dias, eternos dias, e nem sinal da amada. A angústia e a saudade encorajaram o jovem a procurá-la.
Em frente à casa na qual ela morava, bateu palmas. O corpo trêmulo, a timidez estampada no rosto. Ansioso insistiu e logo uma senhora o atendeu. Ela tinha um semblante triste, manso. 
Imbuído de coragem, perguntou sobre Vânia. A velha senhora, antes de responder, perguntou de onde Pedro conhecia a filha. Um tanto constrangido, falou a verdade, que os dois se apaixonaram após se conhecerem em um baile, havia alguns dias.
Comovida, pediu que entrasse na casa e lhe mostrou algumas fotos da Vânia espalhadas pela sala. Com lágrimas nos olhos e bastante emocionada, ela lhe deu a seguinte notícia: Vânia falecera há 10 anos, atropelada por um caminhão a caminho de um baile no centro da cidade. 
Aquilo tudo não passava de um estranho e grande engano, tal história era irreal. Pedro não conseguia acreditar no que estava ouvindo, ficou dolorosamente surpreso e confuso. Sem entender a cilada ilusória do destino, não se conteve e chorou desesperadamente.
Saiu dali atordoado. Alguns metros depois, porém, desacelerou. O choro cessou. Tudo ficou claro e logo um sorriso surgiu em sua face. Continuou caminhando, estava decidido a encontrar o seu grande amor e nada o faria desistir. – Vânia, em breve estaremos juntos!

Simone, Wilson, Audley, Jeremias, Laizia e Adriana
Letras - Turma A

O Romance de uma Caveira by Kraunus Sang & Maestro Pletzkaya on Grooveshark

5 comentários:

tailah disse...

até arrepia só de ler , ficou muito bom pessoal , ja ouvi uma lenda muito parecida com essa .


bjus , tailah

Nandara disse...

Arrepiante mesmo!

Unknown disse...

Interessante essa história. E triste também, mas muito bem produzida.

Parabéns!!!

Abraços,

Sônia

Keila disse...

Sinistra! rs!
Ele ia se suicidar? rs!

Muito criativo! A essência da história é linda!

Susely disse...

kkkkkkkkkk... Adorei este conto sinistro, rsrsrsrsrsrsrs... bem bolado!
bjkas
Su