Louise Carter


Mais uma noite como todas as outras. O céu estava estrelado e a luz da lua entrava em seu quarto por uma janela entreaberta. O cantar do vento frio fazia com que as árvores da rua se movessem. Um forte arrepio deu-se em seu corpo branco feito neve, seus cabelos marrons voavam e uma sensação estranha ela sentiu. Parou por alguns instantes, de teclar com amigos da internet, já são 23h15min. Os olhos negros se viram para o roupeiro, levantou-se, buscou a roupa mais descolada que tinha. Seguiu em direção ao banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes e a si mesma observou. Pensou: - Nada é normal, onde ele esta?
Secou o rosto, fez uma maquiagem forte em cores vivas e saiu. Pegou um envelope perto de seu computador, deixou um bilhete para seus pais no espelho do quarto, sacou sua jaqueta, abriu a porta lentamente, mas um estalo ecoou por toda casa escura. Desceu as escadas silenciosamente, pegou a chave e seguiu ate a garagem. Aquela noite de sábado parecia comum, mas ela tinha um sexto sentido bastante apurado, resolveu investigar algumas historias. Em sua moto percorreu quadras, as nuvens começaram a se formar de uma hora para outra. O piar das corujas e o frescor do vento a rodeavam.
Chegou a uma mansão toda decorada em dourado e branco. Entrou e passou pelo jardim com canteiros onde havia rosas vibrantes. Parou bem de frente para portaria principal, foi recebida por um homem de porte atlético em traje social: - Bem vida senhorita!
Ela retirou de dentro da jaqueta o envelope e o entregou ao homem e ele respondeu: – Aqui está a sua máscara Senhorita Louise Carter.
Colocou a máscara e entrou na festa. O som estava ensurdecedor, seu olhar era penetrante, sentiu-se leve. Pegou uma bebida da bandeja de um garçom que passava. Sentiu algo vibrar em seu bolso, nem deu à mínima. Andou por entre os cômodos da casa, cumprimentou os amigos de faculdade, seu sorriso brilhava feito diamante. Parecia conhecer o lugar. Dirigiu-se até a piscina, deu a volta no deque principal. Talvez, por ironia do destino, resolveu ir até o barzinho externo perto de dois coqueiros e antes que chegasse, matou a charada. Imóvel, atônita, pálida ficou, seus pés não mexiam, sua voz não saia, e sentiu-se sufocada por não poder gritar.
Estava em estado de choque ao ver aqueles dois se beijando com tanto gosto. Por meio segundo ao fixar na cena, seu coração parou, seca sua boca ficou, suava frio e antes de tudo escurecer e ela cair ao chão ainda pôde exclamar: - Pedro!

Elielton Carmo
Letras - Turma A
Imagem: 
claudio.marcio2

6 comentários:

Susely disse...

Eli, simplesmente amei! Nossa, fiquei presa na leitura! Um show!
Bjkas
Su

tailah disse...

muito bom , Eli que suspense você fica presa na leitura como a susi falo só pra descobri o final da história ,bem legal.

Anônimo disse...

ELI,ADOREI, muito bom,voce estava muito inspirado,parabéns!BEIJOS!!!

M Sonia L Fon

Unknown disse...

Alguem descobriu quem é pedro?

Anônimo disse...

Não descobri quem é Pedro, mas ao ler o título do Post soube quem era o autor. Muito bom. Bjs.
Dulce

Keila disse...

Típico do Eli! rs!
Tanta descrição, quanto suspense!... Movimentos...
Tava esperando uma tragédia, algo bem sinistro... rsrs! Mas o Eli quis "florear" o final... rsrs!
Parabéns! ;)