Mais uma noite como todas as outras. O céu estava
estrelado e a luz da lua entrava em seu quarto por uma janela entreaberta. O
cantar do vento frio fazia com que as árvores da rua se movessem. Um forte
arrepio deu-se em seu corpo branco feito neve, seus cabelos marrons voavam e
uma sensação estranha ela sentiu. Parou por alguns instantes, de teclar com
amigos da internet, já são 23h15min. Os olhos negros se viram para o roupeiro,
levantou-se, buscou a roupa mais descolada que tinha. Seguiu em direção ao banheiro,
lavou o rosto, escovou os dentes e a si mesma observou. Pensou: -
Nada é normal, onde ele esta?
Secou o rosto, fez uma
maquiagem forte em cores vivas e saiu. Pegou um envelope perto de seu
computador, deixou um bilhete para seus pais no espelho do quarto, sacou sua
jaqueta, abriu a porta lentamente, mas um estalo ecoou por toda casa escura.
Desceu as escadas silenciosamente, pegou a chave e seguiu ate a garagem. Aquela
noite de sábado parecia comum, mas ela tinha um sexto sentido bastante apurado,
resolveu investigar algumas historias. Em sua moto percorreu quadras, as nuvens
começaram a se formar de uma hora para outra. O piar das corujas e o frescor do
vento a rodeavam.
Chegou a uma mansão toda
decorada em dourado e branco. Entrou e passou pelo jardim com canteiros onde
havia rosas vibrantes. Parou bem de frente para portaria principal, foi
recebida por um homem de porte atlético em traje social: - Bem vida senhorita!
Ela retirou de dentro da
jaqueta o envelope e o entregou ao homem e ele respondeu: – Aqui está a sua
máscara Senhorita Louise Carter.
Colocou a máscara e entrou na
festa. O som estava ensurdecedor, seu olhar era penetrante, sentiu-se leve.
Pegou uma bebida da bandeja de um garçom que passava. Sentiu algo vibrar em seu
bolso, nem deu à mínima. Andou por entre os cômodos da casa, cumprimentou os
amigos de faculdade, seu sorriso brilhava feito diamante. Parecia conhecer o
lugar. Dirigiu-se até a piscina, deu a volta no deque principal. Talvez, por
ironia do destino, resolveu ir até o barzinho externo perto de dois coqueiros e
antes que chegasse, matou a charada. Imóvel, atônita, pálida ficou, seus pés
não mexiam, sua voz não saia, e sentiu-se sufocada por não poder gritar.
Estava em estado de choque ao
ver aqueles dois se beijando com tanto gosto. Por meio segundo ao fixar na
cena, seu coração parou, seca sua boca ficou, suava frio e antes de tudo
escurecer e ela cair ao chão ainda pôde exclamar: - Pedro!
Elielton Carmo
Letras - Turma A
Imagem: claudio.marcio2
Imagem: claudio.marcio2

6 comentários:
Eli, simplesmente amei! Nossa, fiquei presa na leitura! Um show!
Bjkas
Su
muito bom , Eli que suspense você fica presa na leitura como a susi falo só pra descobri o final da história ,bem legal.
ELI,ADOREI, muito bom,voce estava muito inspirado,parabéns!BEIJOS!!!
M Sonia L Fon
Alguem descobriu quem é pedro?
Não descobri quem é Pedro, mas ao ler o título do Post soube quem era o autor. Muito bom. Bjs.
Dulce
Típico do Eli! rs!
Tanta descrição, quanto suspense!... Movimentos...
Tava esperando uma tragédia, algo bem sinistro... rsrs! Mas o Eli quis "florear" o final... rsrs!
Parabéns! ;)
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