BRINCAR DE BRINCAR



O local  onde eu acostumava a brincar eu guardo em minha recordação como parte de um tempo inesquecível.
Como toda as crianças eu brincava sempre querendo levar vantagem em tudo, minhas irmãs  e amigas sempre participaram.
O lugar que eu escolhia para qualquer tipo de brincadeira era o quintal de minha casa , por ser um lugar que que eu dominava e conhecia como a palma de minha mão. Nele havia dois pés de mangas, dois de goiabas, um abacate, dois de mamões, e uma bananeira.
Eu acordava bem cedo e nem esperava a minha mãe por a mesa do café, e já ia comer frutas e chamar as minhas amigas para participar do meu café de frutas e depois, eu dava as ideias para as brincadeiras do dia todo.
A brincadeira mais frequente era de circo. Eu fazia o esquema e o produzíamos na parte da tarde. Minhas irmãs sempre complementavam com imaginação e me ajudavam para  que tudo fosse realizado.
Fazíamos a peça que conhecíamos bem e era a mais fácil, a da Branca de Neve, que por ter uma vizinha que tinha macieiras, as quais as pencas de maças varavam a cerca, o que facilitava bem para nós podermos pegar e usar na peça.

Também me lembro do meu cachorro que só faltava  falar e dos oito coelhinhos que eu tinha.
Muitas vezes eu me impunha com as pessoas da quermesse que dava no quintal de onde eu morava, achando que os coelhos eram os meus, mas, com muito  talento o padre se envolvia explicando que aquele coelho era da igreja e isso se repetia, até que um dia eu tive a certeza, por tê-los marcado um com tinta.
Hoje eu compreendo os detalhes do tempo que não foi em vão, em cada momento que passou eu me lembro das imagens que trazem doces recordações, e que deixam no coração a gratidão de um tempo que não volta mais.

Cleide Zambrone

Turma de Letras – 3ºA


Um comentário:

Susely disse...

Muito legal Cleide, ri muito na parte dos coelhinhos... show!

bjkas
Suse